terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mato Grosso do Sul


LOCALIZAÇÃO: o Mato Grosso do Sul, estado brasileiro, fica no sul da região Centro-Oeste

DIVISAS: Norte = Mato Grosso; Sul e Sudoeste = Paraguai; Nordeste = Goiás e Minas Gerais; Leste = São Paulo; Sudeste = Paraná; Oeste = Bolívia

ÁREA (km²): 358.158,7

RELEVO: pantanal, planaltos com escarpas, depressões

O Pantanal cobre o extremo oeste do Estado; as planícies, o noroeste; e os planaltos com as escarpas das serras do Bodoquena, o leste

RIOS PRINCIPAIS: Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro, Apa, Correntes

A totalidade dos rios do estado de Mato Grosso do Sul pertence à bacia hidrográfica do Paraná, que ocupa área de 358.158,7 km2

VEGETAÇÃO: cerrado a Leste, Pantanal a Oeste, floresta tropical a Sul

Tipo de vegetação característico da região Centro-Oeste do Brasil, apresenta árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pêlos e raízes muito profundas.

Os campos são regiões cobertas por gramíneas, características do extremo sul do Brasil, mas também encontradas no Complexo do Pantanal.

CLIMA: tropical

MUNICÍPIOS (número): 77 (1996)

CIDADES MAIS POPULOSAS: Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas

HORA LOCAL (em relação a Brasília): -1h

HABITANTE: sul-mato-grossense

POPULAÇÃO: 2.078.001 (2000)

DENSIDADE: 5,80 habitantes p/km2

ANALFABETISMO: 10,01% (2000)

MORTALIDADE INFANTIL: 29,6 óbitos antes de completar um ano de idade, para cada mil crianças nascidas vivas

CAPITAL: Campo Grande, fundada em: 26/8/1899

HABITANTE DA CAPITAL: campo-grandense

As principais atividades econômicas desenvolvidas no estado de Mato Grosso do Sul estão relacionadas à agricultura e à agroindústria, à extração mineral e à produção de cimento. Os principais produtos agrícolas cultivados no estado incluem algodão herbáceo, arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho, soja e trigo. O rebanho bovino totaliza 19,6 milhões de cabeças, encontrando-se também grande número de suínos, eqüinos, ovinos e galináceos. Em 1992, a atividade mineradora produziu um total de 833,8 mil toneladas de ferro; 447,6 mil toneladas de manganês; e 1,1 milhão de toneladas de calcário. No setor industrial, além da mineração e da produção de cimento, a indústria alimentícia também merece destaque.

As idéias separatistas do Mato Grosso do Sul tiveram início no começo do século, com uma revolta chefiada pelo coronel Mascarenhas, que resultou na derrota dos rebeldes. O norte sempre resistiu, por temer o esvaziamento econômico do Estado.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a região sul aderiu ao movimento, sob a condição de que em caso de vitória obteria a divisão. Em 1o de outubro de 1977, o Mato Grosso do Sul foi finalmente desmembrado, transformando-se em Estado em 1o de janeiro de 1979, com a posse do primeiro governador e da Assembléia Constituinte.

O estado de Mato Grosso do Sul formava um só estado juntamente com o estado de Mato Grosso. Desde o início deste século, no entanto, a região sul de Mato Grosso aspirava tornar-se um estado independente, idéia rejeitada pela região norte, que temia o esvaziamento econômico do estado. Em 11 de outubro de 1977, foi aprovada lei que desmembrou a parte sul do estado de Mato Grosso, transformando-a em estado em 1º de janeiro de 1979. A justificativa apresentada pelo governo federal para o desmembramento foi de que o antigo estado de Mato Grosso ocupava área geográfica muito extensa e era naturalmente dividido por marcante diversidade ecológica, o que dificultava a sua administração. Enquanto a região norte, na entrada da Amazônia, é coberta por florestas, a região sul é formada por campos, nela se encontrando a maior parte do Complexo do Pantanal. O novo estado, criado em 1979, foi governado por um interventor nomeado pelo presidente da República até o ano de 1982, quando teve lugar a primeira eleição realizada para governador do estado.

Para justificar o desmembramento, o governo federal argumentou que o antigo Estado dispunha de área muito extensa, que dificultava a administração, além de apresentar claras diferenças ecológicas.

O estado possui 53.819 km de rodovias, 8,9 % dos quais encontram-se pavimentados, por onde transita a maior parte de veículos de transporte de cargas e de passageiros da região. A rede ferroviária tem 1.208 km de extensão e é mais utilizada para o transporte de cargas do que de passageiros.

A inexistência de número suficiente de usinas hidrelétricas faz com que o estado de Mato Grosso do Sul importe grande parte da energia consumida em seu território. De julho de 1993 a junho de 1994, o estado consumiu 2 bilhões de kwh de energia elétrica, tendo produzido um total de 198 milhões de kwh no mesmo período.

É expressiva a população indígena do estado de Mato Grosso do Sul, superando em número o total de índios vivendo na parte norte da região, que antes constituía uma só unidade da federação e hoje é o estado de Mato Grosso. São 31.069 indígenas, que ocupam área total de 613.610 hectares, divididos em 38 grupos espalhados em 27 municípios diferentes do estado. Do total dessas comunidades, 26 já se encontram em áreas definitivamente demarcadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo federal responsável pelas questões indígenas. Essa área total de terras demarcadas no estado de Mato Grosso do Sul corresponde a 583.031 hectares e nela vivem 28.901 indígenas. As 12 áreas restantes, que correspondem a um total de 30.579 hectares, ainda se encontram em processo de demarcação, embora estejam ocupadas de fato pela população de 2.168 índios nelas residentes.

As áreas indígenas no estado de Mato Grosso do Sul são as seguintes: Água Limpa, Aldeia Buritizinho, Aldeia Campestre, Aldeinha, Amambaí, Amambaí (Aldeia Limão Verde), Camba, Carro Marangatu, Cerrito, Guaicuru, Guaimbé, Guasuti, Guató, Jaguapiré, Jaguari, Jarará, Kadiweu, Ofayé-Xavante, Panambi, Panambizinho, Pirajuí, Pirakuá, Porto Lindo, Posto Buriti, Posto Caarapó, Posto Cachoeirinha, Posto de Taquaperi, Posto Dourados, Posto Lalima, Posto Limão Verde, Posto Nioaque, Posto Pilad Rebuá, Posto Sassoró, Posto Taunay-Ipegue, Rancho Jacaré, Sete Cerros, Sucuri e Takwaraty/Yvykwarusu.

Pantanal - Maior planície alagável do planeta, o Pantanal tem o tamanho de Portugal, Suíça, Bélgica e Holanda somados. Resultante do mesmo espasmo geológico que produziu a Cordilheira dos Andes, é uma bacia na qual os sedimentos que descem dos planaltos e montanhas vêm se depositando por milhões de anos. Por essa razão, o Pantanal nunca é o mesmo. Cada novo ciclo de enchentes e vazantes altera drasticamente o leito dos rios, cria novas lagoas, abre córregos e baías. A própria vida na região pulsa ao ritmo das cheias e vazantes. Ali, há curiosos exemplos de adaptação das espécies ao ambiente. O cervo-do-pantanal, um parente do veado-campeiro do cerrado, está tão habituado a pastar dentro d'água durante a cheia que desenvolveu uma coloração escura nas pernas. A cor serve-lhe de camuflagem em meio à vegetação submersa para evitar o ataque furtivo de piranhas e jacarés. Durante a seca, em situações extremas, o jacaré se enterra na lama que sobrou das lagoas e banhados, reduz o metabolismo e, num tipo de hibernação, espera que volte a chover. Alguns tipos de sementes de leguminosas conseguem passar meses submersas, sem apodrecer. Esperando a chegada da seca para, só então, germinar. (Fonte: Revista Veja. São Paulo, 2 junho de 1999, p. 90)

O Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense se estende por uma área de 140 mil hectares que abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A maior parte dessa extensão de terra encontra-se no estado de Mato Grosso do Sul e é objeto de intensa fiscalização por parte do governo federal, a fim de que seja preservado seu equilíbrio ecológico, e sua fauna esteja protegida contra a caça predatória.

A região é muito visitada por turistas de todas as partes do mundo, por apresentar grande diversidade de fauna e flora tropical, com espécies típicas de florestas, cerrado, campos e caatinga. Nela se encontra também grande variedade de animais selvagens (felinos, jacarés, cobras gigantes, capivaras, etc.) e muitas espécies de pássaros. No período das chuvas, a área fica quase totalmente inundada, fazendo crescer as gramíneas, que são utilizadas como pastagens no período seco.

Fonte: www.brasilrepublica.com

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