terça-feira, 30 de março de 2010

Atenção: número de mortes por raios é maior no Carnaval

132 pessoas morrem em média por ano no Brasil devido a raios, um número muito superior ao que era registrado anteriormente. A probabilidade de um homem morrer por um raio é dez vezes maior do que a de uma mulher e a probabilidade de morrer por um raio quando jovem ou adulto é dobro da de uma criança ou idoso.

Tempestade de Raios em Riviera de São Lourenço
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Estes são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da década entre 2000 e 2009, feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica, ELAT, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE. Estar na zona rural ou na zona urbana também altera as chances de ser ou não atingido por um raio: na zona rural a probabilidade de ser atingido é 10 vezes maior.

O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como INPE/MCT, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e ainda dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“132 mortes por raios por ano é um número que está muito acima das expectativas que tínhamos, em torno de 100. O que mais impressiona é que 90% destas mortes ocorreram em circunstâncias que poderiam ter sido evitadas se as pessoas tivessem mais informações”, comenta o coordenador do ELAT, Osmar Pinto Junior.


Atividades comuns
As 1321 pessoas que morreram atingidas por raios nesta última década têm em comum as atividades que praticavam. 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou trabalhavam em plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estar próximo de meios de transportes, juntamente com pessoas que estavam dentro de casa, cada uma correspondendo a 14% do total de casos. A categoria embaixo de árvore ficou em terceiro lugar com 12%, seguida por campo de futebol com 10%.


Dentro de Casa
O estudo revela uma conclusão interessante que, apesar de 85% das mortes terem ocorrido ao ar livre, quando estes dados são divididos em diferentes circunstâncias a porcentagem de mortes para a categoria dentro de casa é muito maior do que o esperado. Este fato mostra que ficar dentro de casa não é tão seguro quanto se pensava. A maioria das vítimas atingidas por raios dentro de casa estava ao telefone ou descalça em casas que possuem chão batido ou ainda próxima de antenas, lâmpadas, geladeiras, janelas e televisões.


Época do ano e Carnaval
Em relação ao período do ano, 77% das mortes da década ocorreram no verão e na primavera, período do ano onde ocorrem cerca de 80% dos raios no Brasil. Somando os dados de toda a década é possível perceber um fato curioso: os cinco dias que tiveram mais mortes foram entre 16 e 20 de fevereiro, com 47 mortes no total. Já o recorde de mortes em um único dia ocorreu em 5 de março de 2003, quando foram registradas 5 mortes.

As vésperas do feriado de carnaval, vale avaliar se este é um período crítico para mortes por raios e a resposta é sim. Na última década, foram registradas 23 mortes por raios durante os 4 dias de carnaval.


Tocantins e Mato Grosso do Sul - os mais perigosos

O estudo também avalia as probabilidades de ser atingido e morrer por um raio em cada estado e região do Brasil, considerando a população e a incidência de raios.

O sudeste foi a região onde mais pessoas morreram (29%), mas a região que apresentou a maior probabilidade de morrer por um raio foi o centro-oeste, com 22 pessoas por milhão.

O Estado de São Paulo teve o maior número de mortes na década, 240 (17% do total). Entretanto, como a população paulista é a maior do Brasil, a probabilidade de ser morrer por um raio neste estado é de 6 em um milhão.

A probabilidade mais alta de morrer por uma descarga atmosférica está nos estados de Tocantins (46 em um milhão) e Mato Grosso do Sul (43 em um milhão).

Já em relação aos municípios que lideraram o ranking de mortes da década, Manaus ficou em primeiro lugar com 16 mortes, seguido por São Paulo com 14 mortes, em terceiro lugar ficaram os municípios de Campo Grande e Rio de Janeiro com 8 mortes cada e em quarto Brasília com 7 mortes.



Foto: Intensa tempestade de raios registrada na região da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, SP. Segundo o INPE, das1321 pessoas que morreram atingidas por raios entre 2000 e 2009, 19% eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou trabalhavam em plantações com enxadas, pás e facões. Crédito da foto: Albino Amorim.

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Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20100209-081533.inc

Onda Kelvin fortalece novamente fenômeno El Niño

O padrão climático conhecido como El Niño é a maior causa da variabilidade climática de larga escala observada nos trópicos. Durante os eventos de El Niño, as águas do oceano Pacífico central e oriental se tornam mais quentes que o normal e são mantidas assim por grandes ondas suaves de água morna, chamadas ondas Kelvin, que se propagam da Indonésia em direção à América do Sul.

Onda Kelvin
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A série de globos vista acima mostra a progressão em sentido leste de uma dessas profundas ondas de Kelvin, monitorada entre janeiro e fevereiro de 2010. Os valores apresentam a anomalia da altura do nível do mar, onde as cores avermelhadas indicam locais em que a superfície da água é maior que a média, enquanto os tons azuis mostram elevações inferiores à média.

Níveis maiores que a média indicam a existência de uma camada de água morna mais profunda que o normal, enquanto níveis mais baixos significam camadas mais rasas de água aquecida.

Altura da superfície do mar é uma indicação clara da elevação da temperatura, uma vez que a água expande-se ligeiramente à medida que se aquece e contrai-se quando resfria. Segundo os dados coletados, a elevação na altura do nível do mar no Pacífico central e oriental indica uma anomalia térmica entre1 e 2 graus Celsius na temperatura do oceano.


Evolução
Os gráficos mostram que entre 15 e 30 de janeiro a altura da superfície do mar em todo o Pacífico equatorial central e oriental estava elevada, mas com tendência à normalização ao longo do tempo, sinal de que o El Niño estava se enfraquecendo. Entretanto, no início de fevereiro uma forte anomalia surge no nordeste da Austrália e se propaga em direção leste.


Como surgem as ondas Kelvin
Em condições normais, os ventos predominantes de leste empurram a água do mar aquecida pelo Sol desde a Indonésia até as Américas, formando no Pacífico ocidental um grande reservatório de água aquecida. Durante os eventos de El Niño, os ventos alísios diminuem de intensidade e até mesmo se invertem algumas vezes por mês. Quando isso acontece, um forte pulso de água quente do Pacífico ocidental desliza para trás em direção ao leste.

Esta profunda oscilação marca o início da onda de Kelvin que se espalha em sentido leste pelo Pacífico central. Essa mudança perturba não só as correntes de superfície, mas também a circulação do oceano profundo com influência direta sobre a termoclina, a fronteira entre as águas mais quentes da superfície do mar e as águas frias em níveis mais profundos.

Um evento similar e mais fraco teve início em junho de 2009 e disparou o fenômeno El Niño ativo até agora e revigorado ainda mais pela atual onda Kelvin.

Saiba mais sobre o El Niño


Arte: Série de observações coletadas pelo satélite Jason-2 mostra a evolução de uma onda Kelvin se propagando desde o nordeste da Austrália até a costa da América do Sul, fortalecendo novamente o atual evento de El Nino, iniciado em julho de 2009. Crédito: Nasa/Modis.

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Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20100330-113606.inc

Brasil participa de Programa Global sobre Medidas de Precipitação

O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) começou a desenvolver um estudo específico sobre a formação das nuvens quentes, àquelas onde não há presença de gelo. Através deste trabalho, o Brasil passou a participar do Programa Internacional de Medidas de Precipitação, ou Global Precipitation Measurement (GPM ), desenvolvido pelas agências espaciais americana e japonesa, a Nasa e a Jaxa. O GPM é aberto a qualquer participação internacional por meio de agências espaciais e meteorológicas.

Radar de Chuva
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Os trabalhos do INPE estão sendo realizados no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão e conta com a colaboração da Agência Espacial Brasileira (AEB). Os dados obtidos vão ser utilizados no aperfeiçoamento dos modelos de precipitação e também incorporados ao GPM.

A importância do Programa é global. A chuva, ao lado, dos ventos e da temperatura são fatores determinantes nas condições climáticas da Terra. A água, vital para a manutenção da vida no planeta, é motivo de preocupação sob vários aspectos. A falta de disponibilidade das fontes de água potável no futuro e a qualidade dessa água para o meio ambiente é preocupante. Por outro lado, a mesma água em excesso pode paralisar economia regionais.

Na atmosfera a condensação do vapor d’água em chuva e em alguns casos em gelo, elimina grande quantidade de calor, importante para o equilíbrio do planeta redistribuindo a água e a energia no globo terrestre. Para os estudiosos do assunto, conhecer o ciclo hidrológico da Terra é essencial para entender e prever o nosso clima e as condições do tempo.

O GPM-BR, o Núcleo Brasileiro do Programa Internacional de Medidas de Precipitação, deve seguir cinco frentes: validação e modelagem, disponibilização de dados, pesquisas, desenvolvimento de sensores e divulgação. Todas as ações serão executadas por meio de projetos específicos.


Foto: O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) está participando do Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement) da Nasa e da Jaxa. O programa conta com a participação de países como o Brasil para estudar o ciclo hidrológico da Terra. Fonte: Agência Espacial Brasileira.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

23 de março - Dia da Meteorologia Mundial

O meteorologista é o profissional que estuda a atmosfera e os seus fenômenos. Como ciência, a Meteorologia abrange diversos estudos nas áreas daagricultura, astrometeorologia, aviação, dinâmica, hidrometeorologia operacional, entre outras.

A data de 23 de março foi escolhida como o Dia Mundial do Meteorologista por ser a data de fundação da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) da ONU, em 23 de março de 1950. A Organização, que tem sede em Genebra, na Suíça, trabalha como facilitadora mundial, estabelecendo por exemplo as bases das contribuições da Meteorologia para a conservação dos recursos hídricos do planeta, para a identificação das causas e para o combate à desertificação, nas causas das mudanças climáticas, no manejo das reservas hídricas das megacidades e regiões agrícolas, alguns dos principais problemas que estão afetando a vida do planeta.

Mas o termo surgiu quando o filósofo grego Aristóteles, em torno de 340 a.C., à sua maneira filosófica e especulativa, escreveu um livro sobre filosofia natural denominado Meteorológica, falando sobre o tempo, o clima, sobre astronomia, geografia e química. Falava de nuvens, chuva, neve, vento, granizo, trovões e furacões. Naqueles dias, tudo o que caia do céu e qualquer coisa vista no ar era chamada de meteoro, daí o nome meteorologia.

As ideias de Aristóteles se mantiveram aceitas por quase dois mil anos. De fato, o nascimento da meteorologia como uma ciência natural genuína não aconteceu até a invenção dos instrumentos meteorológicos (os termômetros, no fim do século XIV, o barômetro, para medir pressão atmosférica, em 1643, e o higrômetro, para medidas de umidade, no final do século XVIII).

Nesses momentos, a gente nem lembra que existe um monte de técnicos altamente especializados, observadores e cientistas que, apoiados pela moderna tecnologia, trabalham dia e noite para pesquisar e prever as condições do tempo que vamos enfrentar. E que este serviço muitas vezes tem salvado vidas, quando prevê por exemplo as nevascas e os tornados.

Fonte: IBGE

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Incidência de raios aumenta 40% em dois anos, diz Inpe

As tempestades de verão que estão castigando o Brasil, com graves enchentes e deslizamentos de terra, trazem um outro perigo do céu: a queda de raios. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), registrou um aumento de 40% no número de descargas elétricas entre 2007 e 2009.

Tempestade de raios sobre Santo André
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Segundo dados do Inpe, em um único dia caíram seis mil raios no Estado do Rio de Janeiro. Na tarde da última segunda-feira (25), foram registrados mais de 900 raios na região de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Para meteorologistas o aumento na incidência de raios pode ser resultado do fenômeno La Niña que provoca mais tempestades no país.

A distribuidora de energia elétrica Ampla, contabilizou em dois anos um aumento de 107% na incidência de raios em sua área de concessão, utilizando dados do Sistema Net Raios, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Segundo a Ampla, no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o sul e o noroeste foram os que mais concentraram raios, seguidos pela Baixada Fluminense e a região serrana.

Angra dos Reis que sofreu com chuvas surpreendentes no início de 2010 registrou 6.100 raios entre os dias primeiro e doze de janeiro, mais que o dobro verificado em todo mês de janeiro de 2008.

Tantas descargas elétricas aumentam o risco de morte e os prejuízos com centenas de eletrodomésticos que sofrem pane ou são totalmente danificados. Especialistas reforçam a necessidade de a população procurar abrigo em momentos de tempestades. Locais descampados ou embaixo de árvores devem ser sempre evitados. Em casa, é prudente que os aparelhos que não estiverem em uso sejam retirados da tomada.


Foto: Relâmpago fotografado no dia 10/01/2010 sobre a região do ABC paulista, durante a grande tempestade de raios sobre São Paulo. Crédito: Mauro Losch - Santo André.

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Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20100127-125937.inc

Meteorologia Marítima

Meteorologia Básica para Observação de Barômetro, Termômetro e Dicas

Barômetro mede pressão atmosférica

Pressão atmosférica no nível do mar, 1013 Mb

  • Barômetro alto, bom tempo
  • Se o barômetro cair devagar o tempo que entrar demorará.

QUANDO O BARÔMETRO ESTACIONÁRIO:

  • Termômetro em ascensão: BOM TEMPO
  • Estacionário: CHUVA PROVÁVEL
  • Em declínio: TEMPO INCERTO

QUANDO O BARÔMETRO EM ASCENSÃO:

  • Termômetro em ascensão: TEMPO QUENTE E SECO
  • Estacionário: BOM TEMPO
  • Em declínio: VENTOS

QUANDO O BARÔMETRO EM DECLÍNIO:

  • Termômetro em ascensão: TEMPO INCERTO
  • Estacionário: CHUVA PROVÁVEL
  • Em declínio: CHUVAS FORTES

BARÔMETRO TERMÔMETRO TEMPO PROVÁVEL
Subindo Subindo Tempo bom, ventos quentes e secos.
Subindo Estacionário Tempo bom, ventos de leste frescos.
Subindo Baixando Tempo bom, bentos de sul a sudeste.
Estacionário Subindo Tempo mudando para bom, ventos de leste.
Estacionário Estacionário Tempo incorreto, ventos variáveis.
Estacionário Baixando Chuva provável, ventos de sul a sudeste.
Baixando Subindo Tempo instável, aproximação de frente.
Baixando Estacionário Frente quente com chuvas prováveis, vento.
Baixando Baixando Chuvas abundantes e ventos de sul a sudoeste fortes.

Dicas

  • Na virada de lua cheia ou nova o tempo predomina nos próximos 14 dias.
  • Andorinhas voam baixo ou rente a água, sinal de ventos forte.
  • O ar quente sobe.
  • Vento vai do frio para quente ou alta pressão para baixa pressão
  • Durante o dia a terra esquenta mais e a noite a água tem mais calor. Daí os ventos de dia
    vem do mar para terra e a noite inverso, com céu limpo.
  • Ventos do leste ou sudeste melhoram o tempo
  • Ventos sudoeste ou noroeste - Chuva.


  • Nuvens Cirrus - Altas, tipo rabo de galo, entrada de frente.
  • Nuvens Cirrocumulos - Céu pedrento ou ondulação areão da praia - Entrada chuva ou vento.
  • Nuvens Cirrostratus - Fenômeno do Halo em volta da lua - Chuva.
  • Nuvens Cumulus - Tipo couve-flor.
  • Nuvens Cumulonimbus - Vento forte - Relâmpago, chuva, é a mais perigosa.
  • Stratus - São baixas tipo camadas.


  • Nas depressões o vento roda horário subindo.
  • Nas altas-pressões o vento é anti-horário subindo.
  • Anel ao redor da lua - Chuva
  • Lua brilhante - Bom e seco.
  • Lua amarelada - Vem molhada
  • Lua nova trovejada - 7 dias molhada.
  • Chuva miúda, depois aguaceiro - Mau tempo.
  • Chuva depois vento - Pauleira ruim.
  • Vento e chuva - Calmaria
  • Sudoeste Molhado - 3 dias demorados.
  • Se no vale a nevoa baixar vai para o mar.
  • Muitos relâmpagos e poucos trovões - Chuva.


  • Céu vermelho ao entardecer - Bom tempo.
  • Céu vermelho ao nascer - Chuva.
  • Céu azul escuro - Vento
  • Céu claro e brilhante - Bom tempo.
  • Céu azul leitoso - Chuva.
  • Céu limpo com clarões no horizonte - Tempo bom e calor.
  • Céu uniforme encoberto - Calmaria
  • Céu sem nuvens ou algumas stratocumulus - Vento.
  • Céu avermelhado ao pôr-do-sol - Bom tempo o dia seguinte.
  • Céu amarelo brilhante ao entardecer - geralmente é sinal de vento no dia seguinte.
  • Céu amarelo pálido - Pode significar chuva.
Fonte: http://www.centraldotempo.com.br/tem/utilidades/dicas_do_tempo.htm

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CORES DA RECICLAGEM

CORES DA RECICLAGEM

As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo:

Papel/Papelão Metais
Plásticos Vidros

Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.

Existe uma simbologia específica para a reciclagem de plásticos:

No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por números a saber:

1 - PET
2 - PEAD
3 - PVC
4 - PEBD
5 - PP
6 - PS
7 - Outros,

Fonte: www.compam.com.br

CORES DA RECICLAGEM

Podemos reciclar vários produtos, e para separarmos os tipos de lixos utilizamos algumas cores para cada tipo de lixo.

Quando você encontrar alguma lixeira com essas cores respeite-as na hora de jogar o lixo, colocando cada tipo no seu lugar. Assim, você estará contribuindo com os lixeiros na hora de separar o lixo e estará ajudando a preservar o meio ambiente.

Lembre-se, em Adamantina vamos separar apenas em 2 tipos de lixo: os orgânicos e os inorgânicos, pois já temos a usina de triagem de lixo, onde os materiais serão separados.

Fonte: www.adamantina.sp.gov.br

CORES DA RECICLAGEM

Código de Cores para os Diferentes Tipos de Resíduos

Padrão de Cores
AZUL papel/papelão
VERMELHO plástico
VERDE vidro
AMARELO metal
PRETO madeira
LARANJA resíduos perigosos
BRANCO resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO resíduos radioativos
MARROM resíduos orgânicos
CINZA resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

RESOLUÇÃO CONAMA N° 275 DE 25 DE ABRIL 2001

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, e Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água;

Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários;

Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais, resolve:

Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Art. 2º Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.

§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas.

§ 2o As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para se adaptarem aos termos desta Resolução.

Art. 3º As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à segregação ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém recomenda-se a adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste com a cor base.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ SARNEY FILHO
Presidente do CONAMA

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

CORES DA RECICLAGEM

Padrão baseado em normais internacionais - resolução CONAMA

Azul – papel e papelão

Verde – vidro

Vermelho – plástico

Amarelo – metal

Preto – madeira

Branco- resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

Roxo – resíduos radioativos

Marrom - resíduos orgânicos

Cinza – resíduo geral não reciclável ou contaminado, não passível de separação

Fonte: www.profcupido.com

CORES DA RECICLAGEM

Cores e/ou símbolos utilizados na Coleta Seletiva

PAPEL = AZUL ou o símbolo
PAPEL = AZUL ou o símbolo

PLÁSTICO = VERMELHO ou o símbolo
PLÁSTICO = VERMELHO ou o símbolo

O número no interior do símbolo pode variar de 1 a 7, dependendo do tipo de plástico

1 = PET - Polietileno Tereftalato, usado em garrafas de refrigerantes.

2 = PEAD - Polietileno de Alta Densidade, consumido por fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e outros produtos.

3 = PVC - Policloreto de Vinila, comum em tubos e conexões e garrafas para água mineral e detergentes líquidos.

4 = PEBD - Polietileno de Baixa Densidade, utilizado na fabricação de embalagens de alimentos. Ex.; sacos de arroz ou feijão.

5 = PP - Polipropileno, que compõe embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, utilidades domésticas, entre outros.

6 = PS - Poliestireno, utilizado na fabricação de eletrodomésticos e copos descartáveis.

7 = Outros

METAL = AMARELO ou os símbolos

Para aço
para aço

Para alumínio
Para alumínio

VIDRO = VERDE ou o símbolo

REJEITOS = CINZA

Se a Coleta for 100% Seletiva outras cores podem ser utilizadas:

MATÉRIA ORGÂNICA = MARROM

MADEIRA = PRETO

RESÍDUOS PERIGOSOS = LARANJA

RESÍDUOS HOSPITALARES = BRANCO

RESÍDUOS RADIOATIVOS = ROXO

Fonte: www.pucpr.br

CORES DA RECICLAGEM

Na ilustração abaixo são mostradas as cores básicas, as quais são encontradas em todos os locais de coleta seletiva de lixo:

Cores básicas

Quais as cores características dos contâiners apropriados para a coleta seletiva de lixo?

RESOLUÇÃO No 275 DE 25 DE ABRIL 2001

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, e

Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água;

Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários;

Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais, resolve:

Art.1o Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Art. 2o Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo. § 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas. § 2o As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para se adaptarem aos termos desta Resolução.

Art. 3o As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à segregação ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém recomenda-se a adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste com a cor base.

Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ SARNEY FILHO
Presidente do CONAMA

ANEXO

Padrão de cores

AZUL: papel/papelão;
VERMELHO: plástico;
VERDE: vidro;
AMARELO: metal;
PRETO: madeira;
LARANJA: resíduos perigosos;
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
ROXO: resíduos radioativos;
MARROM: resíduos orgânicos;
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

Na figura abaixo estão apresentados todas as cores mencionadas na Resolução acima:

Fonte: www.uniagua.org.br

A GEADA e a AGRICULTURA

INTRODUÇÃO

A geada é o processo através do qual cristais de gelo são depositados sobre uma superfície exposta. Normalmente ocorre a formação de geada quando a temperatura do solo cai abaixo de 0ºC.

Em tais oportunidades o ar, especialmente a certa altura do solo, pode acusar temperaturas muito mais elevadas.

De acordo com o que antecede, se compreende com facilidade por que com relativa frequência os observadores meteorológicos anotam temperaturas do ar de 3º ou 4ºC, ao mesmo tempo em que se observa a geada, haja visto que, o termômetro se localiza no interior do abrigo meteorológico a sua altura de 1,50m do solo.

Se a tensão do vapor é muito baixa, o vapor de água contida na atmosfera que se resfria, congela diretamente, sem passar pelo estado líquido, assim ocorre quando a tensão é inferior a 4,6 mm de mercúrio.

Apesar da aparência cristalina da geada, um exame dos cristais de gelo demonstram que estes, na maioria dos casos são de estrutura amorfa.

CAUSAS FAVORÁVEIS A FORMAÇÃO DA GEADA

As causas favoráveis a formação da geada, de natureza varias podem ser distribuídas em duas classes distintas: umas dependentes das condições meteorológicas da ocasião , outras resultantes das condições locais.

Condições meteorológicas da ocasião

Temperatura baixa

Limpidez atmosférica e, consequentemente , maior irradiação do calor , armazenado pelo solo e pelas plantas

Maior pureza ambiente

As poeiras e partículas sólidas , provenientes das queimadas, mantendo-se em suspensão no ar servem de núcleos de condensação para o vapor de água e consequentemente formação de nevoeiro úmido.

Baixo teor de umidade

Uma elevada proporção de umidade pode ser a causa da ocorrência de nevoeiro, que impeça a deposição da geada.

Vento de fraca velocidade ou completamente nulo

O vento sendo de velocidade apreciável, geralmente dificulta a formação da geada, uma vez que a porção de ar resfriado, em um local dado, vai sendo substituída por nova massa de ar mais quente.

Duração do tempo , durante o qual se verifica a irradiação noturna. Uma noite de céu meio encoberto, trará um fraco resfriamento, pouco propício ‘a deposição da geada e logo compensado pelo reaquecimento, que se verifica com o nascer do sol.

Repetição do nevoeiro

Noites seguidas , consequência do abaixamento da temperatura ambiente e perda progressiva de calor do solo e da planta, por irradiação prolongada.

Condições locais

Exposição do terreno

Geada

Exposição é o ângulo de declive que forma a superfície do terreno com o plano do horizonte, referindo aos quatro pontos cardeais.

Os terrenos expostos ao NORTE e a LESTE, recebendo mais perpendicularmente os raios solares, tem uma constante térmica mais elevada, pelo que são menos sujeitos à formação de geadas.

Tal vantagem é , em parte, prejudicada pelo dano de um degelo brusco, no caso de ocorrência do meteoro.

Os terrenos expostos ao SUL e ao OESTE recebem os raios solares mais obliquamente, por esse fato seu grau de calor específico por acumululação, é baixo, oferecendo assim maior probabilidade para registro da geada.

Proximidade da mata

A pequena faixa de terra, situada à borda da mata, é mais sujeita a formação da geada.

Latitude e altitude

É por demais sabido que o grau termométrico varia na razão inversa do valor da latitude. Quanto a altitude , diremos que somente a sua influência vai a ponto de, sob um mesmo paralelo geográfico, se encontrarem climas tórridos como o do Amazonas e gélidos como as altas montanhas do Peru.

Umidade do solo e do ar

A - o solo ligeiramente úmido concorre para formação da geada
B - o solo encharcado dificulta a ocorrência do fenômeno
C - o ar ligeiramente úmido é favorável a geada
D - o ar muito úmido opõe-se a geada e favorece às neblinas e garoas.

As plantas também ajudam a esfriar o ar. Como as folhas das plantas não passam de simples lâminas, incapazes de armazenar calor a perda térmica pela radiação resultará na queda da sua temperatura. E, por contato ocorrerá também a queda da temperatura do ar que a envolve. O ar frio , sendo mais pesado , terá a tendência de se acamar, formando assim, o que se chama de "inversâo".

AS GEADAS E A AGRICULTURA

Os orgãos das plantas, morrem quando são submetidos a ação do frio intenso e prolongado.

Existem espécies tropicais, como o cacau, que sofrem com o frio e a temperatura superiores a 0º C, a grande maioria das plantas agrícolas das regiões temperadas só se danificam consideravelmente quando a temperatura do ar desce a uma temperatura igual ou inferior a 0º C.

Muitas vezes ocorre que, durante a noite, a temperatura do ar chega a vários graus abaixo de zero e, sem embargo, ao achar-se o ponto de orvalho indubitavelmente abaixo de 0º C, porque o ar se acha execivamente seco, não se registra a produção da geada branca.

Em tais ocasiões o efeito pernicioso do frio se produz sem nenhum impedimento e ao seguinte ou pouco tempo depois isso é possível comprovar, pois as partes ou plantas sensíveis ao frio, ao morrer, adquirem uma coloração negra.

É por essa razão que quando a temperatura do ar desce a 0º C, ou graus abaixo de zero e não se produz o depósito de geada se diz que há uma geada negra. As plantas sofrem o efeito pernicioso das temperaturas iguais ou inferiores a 0º , e têm pouca importância que manifestem ou não a presença de um depósito de escarcha ou geada branca.

É por esta razão que os meteorologistas consideram o ponto de geada toda vez que o termômetro de mínima, colocado no abrigo, a 1,50 m sobre o solo, acusa uma temperatura do ar igual ou inferior a 0º C.

Geada

Os dados de geadas, assim compilados, resultam eficientes para relacioná-los com plantas altas, tais como árvores frutíferas.

Não ocorre o mesmo com as plantas baixas, por exemplo, o alfafa, pois a superfície dos objetos ou plantas situadas ao nível do solo podem causar temperaturas inferiores a 0º C, enquanto que, ao mesmo instante, o termômetro colocado no abrigo indica uma temperatura muito superior.

O dano que produz sobre o cultivo de uma determinada variedade agrícola uma geada intensa e duradoura, também determinadas depende principalmente do momento do ciclo vegetativo a qual se encontra.

Por exemplo, uma geada que alcança - 4º C , durante uma hora, em um cultivo de maçãs da variedade Jonathans, os danos que produzirá serão o seguinte:

Momento do ciclo vegetativo Danos sobre a colheita
frutos verdes perda praticamente total
plena floração diminuição apreciável na produção
botões florais fechados sem cor nenhum dano
repouso invernal absolutamente nenhum dano

Alguns autores atribuem uma grande importância à velocidade do congelamento e degelo dos órgãos; as experiências modernas, em geral, não confirmam, particularmente o aspecto do degelo. A explicação do porque ocorre a morte dos tecidos, por defeito das baixas temperaturas, é um dos problemas mais árduos que a fisiologia vegetal tem que elucidar.

Em efeito segundo experiências, cada espécie acusa a mais alta resistência ao frio quando está exposta a uma duração ótima do dia, abaixo a influência de dias mais longos ou mais curtos, a resistência ao frio decresce de forma notável.

As plantas anuais, bianuais ou perenes, que são cultivadas para aproveitar o fruto, pode-se estabelecer quatro graus crescentes de prejuizos por geadas que se seguem:

A - O frio ou mata os órgãos vegetativos, tais como folhas e talos, perturbando as funções dos orgãos restantes.

B - A geada destroi um grande número de flores, impedindo, assim que muitas delas se transformam em frutos.

C - A baixa temperatura destroi os frutos em formação, e os que sobrevivem resultam mal formados.

D - O frio é o suficiente intenso e prolongado como para provocar a morte da planta completa.

As geadas que se registram no inverno, geralmente são as menos daninhas, pois as plantas nessa época, por achar-se em estado de hibernação, acusam poucas sensibilidade ao frio, assim ocorre por exemplo , com o centeio, a videira, a pera, etc.

A figueira por exemplo, durante o inverno pode suportar sem nenhum incoveniente geadas de 2 e 3ºC abaixo de zero, mas a morte da planta se produz, quando a temperatura desce a –16ºC; a –6ºC morre os tecidos do limoeiro, e a só –2ºC um cultivo de ananais é destruído por completo.

A temperatura que provoca, por frio, a morte das plantas se denomina temperatura letal por frio.

Os frutos que maduram durante o inverno, como os de laranjeira resultam de uma qualidade comercial muito deficiente, quando são afetados pelas geadas ibernais; as laranjas maduras, ou quase maduras, são seriamente atingidas quando a temperatura do ar permanece algumas horas a –4º ou –5ºC.

O seguinte quadro mostra os níveis térmicos, de dano por frio, para algumas espécies de frutas, segundo o momento do ciclo vegetativo.

Temperatura do ar em ºC quando começa o dano em:

ESPÉCIE DESCANSO PLENA FLORAÇÃO PEQ. FRUTOS VERDES
Limoeiro -3,3 -1,1 -1,1
Videira -17 -0,6 -0,6
Pera -28,9 -2,2 -1,1
Maçã -34,4 -2,2 -1,7
Cereja -28,9 -2,2 -1,1

Como se pode ver, a resistência ao frio das espécies de frutas de folhas caducas é muito elevada durante a época de hibernação, mas diminui notavelmente na primavera, ao começar a atividade fisiológica do vegetal, sendo ínfima ao formar os frutos.

As geadas tardias (que se formam depois do inverno terminar), ocasionam os seguintes danos:

A - Destroem ou prejudicam seriamente, as jovens plantas dos cultivos de primavera, por exemplo o algodão.

B -Inutilizam as flores das plantas que, geralmente, nessa época se acham em plena espigação ou floração, por exemplo o trigo.

C -Provocam a mal formação dos frutos que, na primavera , estão adquirindo volume, por exemplo as peras.

D -Deteminam a morte dos frutos que ao finalizar o inverno, iniciam o crescimento , por exemplo os damascos.

Os prejuízos mais importantes, provocados pelas geadas temporãs são:

A - Ao produzir a morte prematura das plantas que frutificam escalonadamente, mesmo em forma apreciável a colheita, por exemplo do algodão

B - Prejudicam a qualidade industrial de certos cultivos, como a cana-de-açúcar, e decertos frutos, como das oliveiras.

Efeito da geada sobre:

CANA DE AÇÚCAR

Os efeitos da baixa temperatura nesta gramínea são acentuados, pois quando submetidos às baixas temperaturas elas tem o ponteiro apical "queimado" e em consequência na inibição no crescimento da planta, principalmente daquelas canas com cerca de dois gomo. Para recuperar e mesmo incentivar o crescimento dessa lavoura é necessário adubá-las.

CAFÉ

Pode provocar a destruição dos tecidos dos troncos do cafeeiro "geada de canela". Esta danificação do tronco tende a ocorrer principalmente em cafeeiros novos, quando a planta é mais sensível ao frio, e exepcionalmente em cafeeiros adultos. A circulação da seiva, da raiz para as folhas é feita com dificuldade, o que leva a redução gradual da capacidade produtiva da planta e até mesmo, o que exige a erradicação dos cafezais atingidos.

PECUÁRIA

O rebanho bovino é prejudicado e mesmo com a suplementação alimentar, há normalmente uma redução no mercado, na oferta de leite e carne.

Nas regiões de ocorrência geralmente são plantadas gramíneas próprias de clima frio e, portanto resistente às oscilações negativas de temperatura do ar, o que se verifica, após a ocorrência de geada, é a queima das partes ainda verde, inibindo assim, a capacidade de recuperação do pecuarista é, de uma lado com o perigo de incêndio do pasto, de outro , com a redução , ainda mais acentuada da capacidade de lotação.

CONCLUSÃO

O prejuízo causado a agricultura pela geada depende de alguns fatores: espécie cultivada, intensidade da geada, do tempo em que desenvolve das plantas cultivadas. O estudo da geada é uma condição indispensável pois prejudicando a cultura provoca a quebra da produção e prejuízos econômicos.

O conhecimento das épocas em que ocorre as geadas é essencial para o planejamento das operações na agricultura, com vistas a otimização da produção e produtividade.

BIBLIOGRAFIA

2º Congresso Brasileiro de Meteorologia vol. 2
A Geada e o Café
Revista Balde Branco – jun/991
Climatologia Y Fenologia Agricola

Marcelo Romão

Fonte: www.servicos.hd1.com.b

VENTOS

O que são ventos?

São deslocamentos de ar das zonas de alta pressão para zonas de baixa pressão.
Os ventos desempenham um papel muito importante na vida dos seres vivos, pois são eles que levam para longe o ar viciado que nós respiramos e trazem até nós o ar puro, com bastante oxigênio, tão importante para o nosso organismo.

Os ventos podem ser constantes, ou regulares, periódicos, variáveis, ou irregulares, e locais.

Vamos conhecer os principais tipos de ventos:

Ventos constantes

Alísio

São ventos que sopram constantemente dos trópicos para o Equador e que por serem muitos úmidos, provocam chuvas nesses arredores onde ocorre o encontro desses ventos. Por isso, a zona equatorial é a região das calmarias equatoriais chuvosas.

Contra-alísios

São ventos secos, responsáveis pelas calmarias tropicais secas. Sopram do Equador para os trópicos, em altitudes elevadas

Ventos Periódicos

Monções

São os ventos que, durante o verão, sopram do Índico para a Ásia Meridional e durante o inverno, sopram da Ásia Meridional Para o oceano Índico.

As monções são classificadas da seguinte forma:

Monções Marítimas

Sopram do oceano Índico para o continente e provocam fortes chuvas na Ásia Meridional, causando enchentes e inundações.

Monções Continentais

Sopram do continente para o oceano Índico provocando secas no sul da Ásia.

Brisas

São ventos repetitivos que sopram do mar para o continente durante o dia e do continente para o mar durante a noite.

Ventos locais e variáveis

O vento local se desloca numa certa região em determinadas épocas. No Brasil, um bom exemplo de vento local é o noroeste, massa de ar que, saindo do Amazonas, alcança o Estado de São Paulo entre agosto e outubro. No deserto do Saara, ocorre um vento extremamente forte conhecido como simum, que provoca enormes tempestades de areia. Já os ventos variáveis, são massas de ar irregulares que varrem uma determinada área de maneira inesperada.

As diferenças das zonas anticiclonal e ciclonal determinam a velocidade do vento.

A velocidade do vento é medida em metros por segundo, por um aparelho chamado anemômetro. Para indicar a direção e o sentido do vento utiliza-se a biruta, ou anemoscópio.

O tipo de vento mais perigoso é o ciclone, que consiste numa combinação de ventos e nuvens formadas nos oceanos das regiões tropicais.

Ventos Perigosos

Ciclone

Ciclone

É o nome genérico para ventos circulares, como tufão, furacão, tornado e willy-willy. Caracteriza-se por uma tempestade violenta que ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, produzida por grandes massas de ar em alta velocidade de rotação. Os ventos os superam 50 km/h.

Furacão

Furacão

Vento circular forte, com velocidade igual ou superior a 108 km/h. Os furacões são os ciclones que surgem no mar do Caribe (oceano Atlântico) ou nos EUA. Os ventos precisam ter mais de 119 km/h para uma tempestade ser considerada um furacão. Giram no sentido horário (no hemisfério Sul) ou anti-horário (no hemisfério Norte) e medem de 200 km a 400 km de diâmetro. Sua curva se assemelha a uma parabólica.

Tufão

Tufão

É o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o leste asiático.

Tornado

Tornado

É o mais forte dos fenômenos meteorológicos, menor e mais intenso que os demais tipos de ciclone. Com alto poder de destruição, atinge até 490 km/h de velocidade no centro do cone. Produz fortes redemoinhos e eleva poeira. Forma-se entre 10 e 30 minutos e tem, no máximo, 10 km de diâmetro. O tornado é menor e em geral mais breve do que o furacão, e ocorre em zonas temperadas do Hemisfério Norte.

Vendaval

Vendaval

Vento forte com um grande poder de destruição, que chega a atingir até 150 km/h. Ocorre geralmente de madrugada e sua duração pode ser de até cinco horas.

Willy-willy

Willy-willy

Nome que os ciclones recebem na Austrália e demais países do sul da Oceania.

Fonte: www.fiocruz.br

Pressão Atmosférica



Evangelista Torricelli (1608 - 1647)

A Terra está envolvida por uma camada de ar, denominada atmosfera, constituída por uma mistura gasosa cujos principais componentes são o oxigênio e o nitrogênio. A espessura dessa camada não pode ser perfeitamente determinada, porque, à medida que aumenta a altitude, o ar se torna muito rarefeito, isto é, com pouca densidade. O ar, sendo composto por moléculas, é atraído pela força de gravidade da Terra e, portanto, tem peso. Se não o tivesse escaparia da Terra, dispersando-se pelo espaço. Devido ao seu peso, a atmosfera exerce uma pressão, chamada pressão atmosférica, sobre todos os objetos nela imersos.

Diversas experiências podem ser realizadas para demonstrar a existência da pressão atmosférica, todavia, a mais famosa é a dos Hemisférios de Magdeburgo: tomando-se duas calotas hemisféricas que se ajustam perfeitamente e extraindo-se o ar de seu interior, quando ajustadas uma à outra perfeitamente, é necessária uma força muito grande para separá-las. É que a pressão atmosférica, que se exerce apenas de fora para dentro, mantém unidos os hemisférios. O valor da pressão atmosférica pode ser medido com uma experiência idealizada pelo físico italiano Evangelista Torricelli: Pegamos um tubo de vidro de 1m de comprimento, fechado numa das extremidades, e o enchemos completamente com mercúrio. Fechamos com o dedo a extremidade aberta, invertemos o tubo e o imergimos num frasco que também contém mercúrio. Ao retirar o dedo, observamos que o tubo não se esvazia completamente. O mercúrio nele contido escoa para o frasco até que o desnível atinja cerca de 76cm.

É a pressão atmosférica que impede que o tubo se esvazie até o fim. Ela comprime a superfície exposta do mercúrio e, desse modo, sustenta o líquido que ficou no interior do tubo. A pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude. Isso ocorre porque o peso do ar sobre as camadas elevadas da atmosfera é menor do que aquele que age sobre as camadas mais baixas. Por exemplo, a pressão atmosférica na cidade do Rio de Janeiro é maior que a pressão atmosférica em Belo Horizonte. Sobre o Rio de Janeiro, ao nível do mar, a coluna de ar é maior que sobre Belo Horizonte, situada numa maior altitude (836 metros). Ao nível do mar, a pressão atmosférica é, em média, de 76 cm de mercúrio.

Em todos os planetas que possuem atmosfera, existirá uma pressão atmosférica com um certo valor. Na Lua, não havendo atmosfera, não haverá, consequentemente, pressão atmosférica.

Barômetro

Os instrumentos destinados a medir a pressão atmosférica chamam-se barômetros. Existem dois tipos: os de mercúrio, baseados na experiência de Torricelli, e os metálicos que utilizam as deformações provocadas pela pressão atmosférica numa caixa de metal em cujo interior foi feito vácuo. Quando a pressão externa se altera, a caixa metálica se deforma; essa deformação é transmitida a um ponteiro que se desloca sobre uma escala graduada.

Fonte: www.saladefisica.com.br

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pintar telhados faz bem ao planeta

Pintar telhados e paredes de branco faz bem para o planeta e diminui a temperatura dentro de casa em até 5°C.



Apesar dos telhados cobertos por vegetação serem mais eficientes (por cobrirem uma área de exposição ao sol bem maior), para quem não pode ter um telhado assim, muros verdes também produzem um efeito parecido, se não conseguir colocar vegetação no telhado, tente colocar nos muros!

Neste caso, para o telhado, temos uma alternativa, ela não é tão eficiente como a outra, mas ajuda...

Se você viu o filme “Uma Verdade Inconveniente”, do Prêmio Nobel da Paz, Al Gore, sabe que a cor branca dos pólos reflete de 80 a 90% da luz solar. Quando derretem, acabam com o mesmo índice de reflexão do oceano: 8%, em média. Ou seja, quanto mais os pólos derretem, mais eles próprios contribuem para o aquecimento global. Aplicando essa teoria, podemos traçar um paralelo para a realidade de sua casa. Não dá para trazer a neve para sua casa, certo? Então, por que não trazer a cor branca? Pintar telhados e paredes de branco pode fazer com que até 90% da luz incidente seja refletida, já que a tinta dessa tonalidade rebate de 50 a 90% dos raios solares. O professor de Física das Construções da USP, Racine Prado, diz que: “O branco refletivo ou o aluminizado refletem 90% da radiação solar. Com as superfícies externas da casa pintadas de branco, menos calor penetra na casa e a temperatura interna pode variar até 5°C”. No mínimo, você ganha em conforto térmico e usa menos ar-condicionado.

OBS: A tinta vermelha ou marron só reflete de 20 a 35% e as cores laranja e cinza ficam na média dos 50 e 30% respectivamente.

Para quem achou colocar vegetação no telhado difícil ou trabalhoso, está alternativa é bem mais fácil de fazer. Vamos fazer a nossa parte!!!


Precisamos fazer logo, demorei a achar uma foto...
Fonte: Revista Superinteressante.

Previsão do Tempo e do Clima

Como podemos saber o que vai acontecer com o tempo?

Antes de prever o que vai acontecer, é necessário conhecer e entender o comportamento do tempo e suas causas. O tempo pode ser considerado como o assunto mais freqüentemente discuto no dia a dia. Influencia nosso modo de vida e até o modo como nos sentimos Ao longo dos séculos, observadores do céu e dos ventos tais como navegadores pastares e agricultores, acumularam certos conhecimentos práticos que tornaram possível a previsão de algumas mudanças iminentes do tempo.

Como se formam as nuvens? As nuvens parecem surgir do nada, mas, na verdade, o ar contém vapor d'água, resultado da evaporação, e minúsculas partículas como poeira, fumaça e sal, suficientemente leves para permanecerem suspensas no ar. A condensação e a sublimação do vapor d'água ocorrem em torno dessas minúsculas partículas, que são chamadas de núcleos de condensação. Se não fosse por essas impurezas, seria necessária uma umidade muito grande para formar as nuvens. A quantidade de vapor d'água no ar varia com a temperatura, quanto mais quente, maior a quantidade de vapor, sem que comece a ocorrer condensação. A temperatura a partir da qual o vapor d'água começa a condensar é chamada de ponto de orvalho. Quando o ar atinge a máxima quantidade de vapor d'água que é capaz de conter, dizemos que atingiu o ponto de saturação ou que está saturado. Quando ocorre elevação de ar úmido, o resfriamento pode levar o ar à saturação. Após a saturação, qualquer resfriamento adicional produzirá a condensação ou a sublimação do vapor d'água, formando gotículas de água e cristais de gelo. Se a temperatura é suficientemente baixa, ocorre a sublimação, ou seja, o vapor d'água passa diretamente a cristais de gelo. Essas gotículas de água e cristais de gelo são freqüentemente muito pequenas e permanecem em suspensão formando as nuvens.

A precipitação ocorre quando algumas gotículas ou cristais de gelo da nuvem crescem até um tamanho suficientemente grande para cair sob a ação da gravidade. Este crescimento pode acontecer de várias formas. Um processo que ocorre usualmente é a coalescência, ou seja, a união de gotículas que colidem, devido à turbulência no interior da nuvem. A gotícula resultante sofre menor resistência do ar e cai mais rapidamente, colidindo com gotículas menores em seu caminho, incorporando-as e continuando a crescer. Essa gotícula passa a se chamar gota de chuva quando deixa a base da nuvem.

O que provoca o vento? O vento é o resultado da movimentação do ar, que ocorre devido às diferenças de pressão atmosférica. Em locais com pressão mais baixa, as moléculas do ar estão mais afastadas, enquanto que, em regiões de pressão mais alta, elas estão mais próximas. A atmosfera está sempre tentando estabelecer o equilíbrio entre as áreas de maior e menor concentração de moléculas, por isso o ar move-se das altas para as baixas pressões. Esse movimento é o que percebemos como vento.


Exemplo de formação de ventos

A EVOLUÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS

Até o inicio do século XIX, o modo de encarar o tempo era uma curiosa mistura de senso comum e superstição, e incluía milhares de regras, ditados esquisitos e provérbios. O senso comum era baseado nas conexões evidentes entre ventos, nuvens e o tempo. Eram escolhidas rimas para colocar essas observações na forma de ditados e provérbios. Muitos desses ditados foram originados com os pregos e incrementados com exageros através da Idade Média. Durante as grandes navegações, no final do século XV, os marinheiros ampliaram bastante esse senso comum para dar conta dos diferentes sistemas de vento e dos padrões de tempo que encontraram ao redor do mundo.

Através dos séculos, marinheiros, agricultores e outros tentaram fazer previsões baseadas no conhecimento e crenças de sua época e nas suas observações pessoais. No entanto essas previsões eram freqüentemente mal sucedidas. Como não havia comunicações adequadas, os observadores não sabiam o que estava acontecendo além do horizonte e normalmente eram surpreendidos por tempestades que chegavam sem muito aviso. Isso mudou com a invenção do telégrafo e o nascimento da previsão sinóptica no século XIX. A previsão sinótica consiste na rápida obtenção e análise de observações do tempo feitas no mesmo horário na maior quantidade de localidades possível. Em 1849, foi estabelecida uma rede meteorológica ligada por telégrafo nos Estados Unidos. Os dados eram coletados por voluntários e era preparado um mapa sinóptico, diariamente, com os dados coletados no mesmo horário em todas as localidades observadas. Em 1857, uma rede meteorológica criada na França recebia dados de toda a Europa. Em 1861, na Grã-Bretanha, Robert FitzRoy criou um serviço de aviso de tempestades para a Marinha. Inicialmente, foi um grande sucesso e FitzRoy passou a disponibilizar suas previsões nos jamais. Mas, à medida que ocorriam os inevitáveis erros decorrentes do método utilizado e da falta de precisão das observações, criticas sarcásticos e severas do público e dos cientistas tornavam-se constantes. Tomado por grande depressão, FitzRoy cometeu suicídio em 1865. Essas tais criticas sarcásticos foram uma praga para os provisores que se seguiram.

Apesar das criticas, a previsão sinóptica foi ganhando cada vez mais força, a partir de 1860, com a formação de organizações meteorológicas nacionais em vários países. As duas grandes guerras mundiais forçaram os governantes a despender grandes esforços para monitorar e prever o tempo, pois as suas variações podiam ter grande influência no desenrolar das batalhas. O progresso da Meteorologia foi muito favorecido pela tecnologia desenvolvida durante a guerra. São resultado desse desenvolvimento tecnológico as radiosondas, balões carregando instrumentos meteorológicos e transmitindo, via rádio, os dados das camadas de ar acima do solo, e os radares, utilizados na guerra para rastrear aeronaves inimigas e a chuva. Após a Segunda Grande Guerra, surgiram também os primeiros satélites artificiais. Com o uso de satélites, foi possível visualizar as nuvens e as tempestades a partir do espaço. Os meteorologistas ficaram extasiados.

Atualmente, a Meteorologia é uma ciência muito entrosada com a Física e com a Matemática. Uma enorme evolução da previsão de tempo ocorreu com o surgimento da previsão numérica, baseada em modelos que representam o movimento e os processos físicos da atmosfera. Através de equações com os valores do estado inicial da atmosfera, pode-se obter projeções para o futuro. Para resolver essas equações, são utilizados supercomputadores que estão longe do que conhecemos para uso doméstico.

A idéia da previsão através de processos numéricos de resolução de equações que representem o comportamento da atmosfera foi publicada pela primeira vez por Lewis Richardson, um matemático britânico, em 1922. Richardson levou muitos meses para fazer os cálculos necessários para produzir uma previsão para 24 horas no futuro. Mas as mudanças de pressão previstas por ele foram entre 10 e 100 vezes maiores do que as que realmente ocorreram, e já haviam ocorrido há muito tempo quando ele terminou a previsão! O trabalho de Richardson, além de pioneiro, revelou os obstáculos que precisavam ser superados: um enorme número de cálculos tinham que ser feitos rapidamente, os dados que representavam o estado inicial da atmosfera eram inadequados, os modelos eram representações muito rudimentares da atmosfera, e os problemas com as técnicas matemáticas podiam resultar em pequenos erros que iam crescendo durante os cálculos. Quanto ao problema com a velocidade dos cálculos, Richardson estimou que para terminar as previsões antes dos fenômenos acontecerem seriam necessários 64.000 matemáticos equipados com calculadoras. Os computadores eletrônicos trouxeram a solução para o problema dos cálculos. Em 1950, foi feita, nos Estados Unidos, a primeira previsão numérica de tempo relativamente bem sucedida. O computador utilizado era gigantesco e ocupava toda uma sala. A partir de 1955, as previsões por computadores passaram a ser executadas regularmente nos Estados Unidos. Inicialmente, eram no máximo um pouco melhores que as tradicionais, mas foram melhorando rapidamente graças ao aparecimento de computadores cada vez mais rápidos, que permitiam o uso de modelos mais complexos, representando cada vez melhor a atmosfera. Paralelamente a essa evolução, houve a melhoria no conhecimento do estado inicial com o aumento progressivo na quantidade e qualidade dos dados inicia principalmente a partir do surgimento da Organização Meteorológica Mundial (WMO. World Meteorological Organization) em 1963.

Os computadores para previsão de tempo, além de serem "pesas pesados" em termos de velocidade de cálculos, precisam ter grande capacidade de memória. Esses supercomputadores realizam mais de um bilhão de contas por segundo!

PREVISÃO DE CLIMA

Previsão climática é uma estimativa do comportamento médio da atmosfera com um mês ou alguns meses de antecedência. Atualmente, para se fazer esse tipo de previsão, os Meteorologistas utilizem dois métodos, o estatístico e o dinâmico.

O Método Estatístico, com equações matemáticas e conceitos de estatística, utiliza um programa de computador chamado modelo estatístico, que, através de uma correlação entre duas ou mais variáveis, estima o prognóstico de uma delas. Já o Método Dinâmico, com equações matemáticas e conceitos físicos, utiliza um programa chamado modelo dinâmico. Esse modelo, através de equações físicas, simula os movimentos atmosféricos para prever os acontecimentos futuros.


Resultado ilustrativo de modelo

Desde 1995 o CPTEC/INPE é o único Centro Meteorológico na América Latina que operacionalmente produz previsões numéricas de tempo e clima para o Brasil e para o globo. Essas previsões são de grande importância para a tomada de decisões do governo federal em relação à agricultura e ao auxilio às populações que sofrem, por exemplo, com a seca no Nordeste.

O CPTEC vem experimentando a previsão de longo prazo, de um a três meses, empregando o seu modelo dinâmico, com resultados promissores. Alem de obter as previsões de tempo e clima, o CPTEC recebe e processa dados climatológicos do Brasil e do mundo para monitorar a situação climática.

TIPOS DE NUVENS

CUMULUS HUMILIS

Cumulus é uma nuvem típica de verão. Quando o sol aquece a superfície, bolhas de ar morno sobem do solo, como balões de ar quente invisíveis. A um quilômetro ou mais acima da superfície, o vapor das bolhas se condensa em gotículas de água, formando pequenas nuvens que parecem flocos de algodão. Nuvens de Cumulus pequenas, com até 100 metros de extensão, indicam bom tempo durante o resto do dia. As nuvens de Cumulus se dissolvem à noite, quando cessa o aquecimento pelo sol.


Cumulus humilis

CUMULUS CONGESTUS

Em uma atmosfera fria e úmida, as nuvens de cúmulos podem crescer e chegar a mais de 100 metros de extensão. O crescimento das nuvens continua desde que elas estejam mais quentes que o ar ao seu redor. As nuvens adquirem gradualmente a forma de uma couve-flor e alcançam posições mais e mais altas no céu. Se as nuvens adquirirem esse aspecto antes de meio dia, pode-se esperar pancadas de chuva à tarde.


Cumulus congestus

Fonte: www3.cptec.inpe.b

Trovões

Os trovões

As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera são denominadas trovões. Resultado do aumento da temperatura do ar por onde o raio passa, os trovões podem ser perigosos, nas proximidades de onde o fenômeno acontece. Entretanto, na maioria dos casos, causam apenas medo aos mais sensíveis.

Formação

O trovão é uma onda sonora provocada pelo aquecimento do canal principal durante a subida da Descarga de Retorno. Ele atinge temperaturas entre 20 e 30 mil graus Celsius em apenas 10 microssegundos (0,00001 segundos). O ar aquecido se expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som no ar e que nas proximidades do local da queda é um som inaudível para o ouvido humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores. Essa constitui o trovão audível.

Características

Os meios de propagação dos trovões são o solo e o ar. A freqüência dessa onda sonora, medida em Hertz, varia de acordo com esses meios meios, sendo maiores no solo. A velocidade do trovão também varia com o local onde se propaga. O trovão ocorre sempre após o relâmpago, já que a velocidade da luz é bem maior que a do som no ar.

O que escutamos é a combinação de três momentos da propagação da descarga no ar: primeiro, um estalo curto (um som agudo que pode ensurdecer uma pessoa) gerado pelo movimento da Descarga de Retorno no ar. Depois, um som intenso e de maior duração que o primeiro estalo, resultado da entrada ou saída da descarga no solo e por último, a expansão de sons graves pela atmosfera ao redor do canal do relâmpago. Podemos ter uma percepção do som diferente, mas essa ordem é a mesma. Por isso, é muito perigoso ficar próximo ao local de queda de um relâmpago.

A energia acústica ou energia sonora gasta para provocar esses estrondos é proporcional a freqüência do som. A maior parte dela, cerca de 2/3 do total, gera os trovões no solo e o restante (1/3) provoca som do trovão no ar. Mesmo assim, eles costumam ser bem violentos, como podemos perceber.

Por causa da freqüência, os trovões no ar são mais graves (como batidas de bumbo). Aqueles estalos característicos dos trovões, os sons bastante agudos, além de dependerem da nossa distância à fonte, se relacionam com as deformações do canal e de suas ramificações. Quanto mais ramificado o canal, maior o número de estalos no trovão. Se o observador estiver próximo do relâmpago (a menos de 100 metros, por exemplo) o estalo será parecido a de uma chicotada. Isso está associado a onda de choque que antecede a onda sonora.

Duração

A duração dos trovões é calculada com base na diferença entre as distâncias do ponto mais próximo e do ponto mais afastado do canal do relâmpago ao observador. Por causa dessa variação de caminhos, o som chega aos nossos ouvidos em instantes diferentes. Em média, eles podem durar entre 5 e 20 segundos.

Fonte: www.ufrrj.br

Trovões

O Relâmpago e o Trovão

Durante a formação de uma tempestade, verifica-se que ocorre uma separação de cargas elétricas, ficando as nuvens mais baixas eletrizadas negativamente, enquanto as nuvens mais altas se eletrizam positivamente. Várias experiências realizadas por pilotos de avião voando perigosamente através de tempestades, comprovaram a existência desta separação de cargas.

Podemos concluir que existe, portanto, um campo elétrico entre as nuvens mais baixas e mais altas. A nuvem mais baixa, carregada negativamente, induz na superfície terrestre uma carga positiva , criando um campo elétrico entre elas.

À medida que vão avolumando as cargas elétricas nas nuvens, a intensidade destes campos vão aumentando, acabando por ultrapassar o valor da rigidez dielétrica do ar..

Quando isso acontece, o ar torna-se condutor e uma enorme centelha elétrica

( relâmpago ) salta de uma nuvem para outra ou de uma nuvem para a Terra

Esta descarga elétrica aquece o ar, provocando uma expansão que se propaga em forma de uma onda sonora que chega diretamente da descarga, como também pelas ondas refletidas em montanhas, prédios, etc. (Figura abaixo)

Trovões

Fonte: educar.sc.usp.br

Desertos

Desertos

Os Desertos cobrem cerca de 31 milhões de km2 da superfície terrestre. a maior parte dessa área está compreendida na região do Saara e cerca de 2,6 milhões de km2 se acham no deserto do centro da Austrália, que é menos conhecido, porém maior que o deserto arábico.

Nos Desertos quentes do tipo saariano, entre os quais se inclui o australiano, a temperatura durante o dia pode chegar a mais de 49ºC no verão (57ºC no deserto de Darakil, na Etiópia); as noites, por outro lado, são frias ou quase geladas. Nas zonas temperadas da Terra, de espaço a espaço ocorrem grandes áreas desérticas.

Entre esses Desertos estão o de Atacama, no litoral chileno, o do sudoeste norte-americano e sobretudo o de Gobi, no norte da China.

Todos os Desertos são grandes áreas de areia (dunas) ou rochas (planaltos) sem irrigação.

A maior parte da água pluvial que ocorre nessas regiões é absorvida pela areia ou se evapora sob a ação de ventos secos. somente nas franjas externas dos Desertos se encontra alguma vegetação esparsa. Essa flora abrange plantas cujas raízes permanentes se cobrem de brotos depois de cada chuva e de cactos que armazenam água em seus ramos grossos e espinhosos. Essa vegetação oferece suprimento de água minguado e incerto para a fauna desértica.

Os animais estão protegidos contra a perda de água por sua pele sem poros (é o caso de artrópodes e répteis) ou pela ausência de glândulas sudoríparas (como ocorre com os esquilos terrestres da África). A maior parte desses animais (com exceção das aves migratórias) se refugia do calor e do frio enterrando-se na areia. Um metro abaixo da superfície, a temperatura é de 20ºC, não importa se a da superfície é de 60º ou 30ºC.

Os roedores só deixam suas tocas no princípio da noite e voltam quando a noite está fria. nos Desertos temperados alguns animais têm hábitos noturnos no verão e diurnos no inverno.

Grandes mamíferos não existem ou são muitos raros: algumas gazelas e antílopes, além do camelo, com sua temperatura corporal variável e seu dom de armazenar água.

O impacto do homem sobre o deserto tem sido pouco significativo: algumas construções, uma ou outra trilha ou estrada e, mais recentemente, poços de petróleo. O horizonte muda pouco de uma geração para outra.

Mas os Desertos vão absorvendo pouco a pouco as planícies limítrofes.

Regiões hiperáridas, áridas e semi-áridas que ocupam mais de um terço da superfície terrestre – cerca de 50.000.000 km². O deserto do Saara (localizado no norte da África), o maior de todos, com 8.600.000 km², corresponde aproximadamente ao tamanho do Brasil e se estende pelo território de dez nações: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Tunísia e Sudão.As áreas desérticas do mundo têm crescido anualmente, por causa de fatores naturais e da ação do homem.

Características gerais

Os Desertos possuem índices pluviométricos baixíssimos: menos de 100 mm de chuva anuais nas porções hiperáridas, menos de 250 mm nas partes áridas e entre 250 mm e 500 mm nas regiões semi-áridas.

A grande maioria dos Desertos do mundo é quente, mas existem também alguns Desertos frios.

Podem ser de dunas de areia, como o Takli Makan, no norte da China; de montanhas rochosas, como Gobi, situado entre a Mongólia e o nordeste da China; ou mistos, formados por uma combinação de dunas e montanhas. São poucas as espécies animais e vegetais adaptadas à escassez de água. Entre os animais destacam-se alguns mamíferos – como o camelo –, répteis e aracnídeos. Os tipos de vegetação mais freqüentes nas áreas desérticas são as estepes e a caatinga.

Desertos quentes

Caracterizam-se pelos contrastes térmicos entre o dia, extremamente quente, com temperatura que pode atingir mais de 50°C, e a noite, bastante fria em virtude da baixa umidade relativa do ar e da irradiação do calor para a atmosfera.

A maior parte dos Desertos quentes do mundo, como o Saara e o Kalahari, no sudoeste da África, concentra-se ao longo dos trópicos de Câncer, no hemisfério norte, e de Capricórnio, no hemisfério sul. Essas regiões são propícias à aridez porque se localizam em zonas de alta pressão, onde o ar permanentemente seco impede a ocorrência de chuva. Já os Desertos costeiros, como o da Namíbia, no sudoeste da África, e o Atacama, no norte do Chile, se originam da presença de correntes oceânicas frias, que inibem as precipitações. O Atacama é o recordista mundial em aridez: durante 45 anos, entre 1919 e 1964, não recebeu uma gota de chuva.

Há também Desertos próximos das cadeias montanhosas, que retêm a umidade, impedindo as precipitações. Um exemplo é o deserto da Grande Bacia, no sudoeste dos EUA.

Desertos

Desertos frios

Apresentam temperatura média anual inferior a 18°C. Resultam dos mesmos fatores que originam os Desertos quentes, mas são frios porque se localizam em regiões de média latitude (entre 40°C e 60°C). A aridez da Patagônia (sul da Argentina) e do deserto de Gobi, por exemplo, decorre da existência de cordilheiras. No caso de Gobi, a continentalidade, ou seja, a distância dos oceanos, também contribui para a falta de chuva.

Desertos

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

Desertos

As áreas atingidas

Com tudo isso que acabamos de ver, é demasiadamente difícil imaginar a escala em que a expansão dos desertos está acontecendo. Entretanto, nos é possível obter alguns dados aterradores:

Um terço das terras emersas do planeta é árida ou semiárida, abrigando mais de 600 milhões de pessoas. Mais da metade delas está diretamente sujeita à desertificação.

A areia do deserto cobre esta rua numa aldeia do Chade.
A areia do deserto cobre esta rua numa aldeia do Chade.

A expansão dos desertos ocorre no mundo todo e afeta dois terços das nações da Terra. Não está limitada aos países em desenvolvimento, embora eles possam ser os mais atingidos por seus efeitos. Nos Estados Unidos, Canadá e México, estima-se que uma área de 10,5 milhões de km', maior que todo o continente africano ao sul do Saara (6,9 milhões de km²), esteja se tornando um deserto.

Os efeitos sobre as pessoas

A expansão dos desertos afeta as pessoas – em geral populações pobres da área rural, sem recursos e com pouca ou nenhuma terra. Talvez essa expansão comece por causa da falta de chuvas ou, quem sabe, devido ao empobrecimento gradual do solo, por ser tão exigido pela população. As sa&as falham, e o gado começa a morrer de fome ou de doenças. Os animais que sobrevivem são obrigados a buscar áreas maiores para sua alimentação, maltratando a terra; fazendeiros são forçados a irrigar terras montanhosas ou áreas antes consideradas inférteis demais para o cultivo; árvores são cortadas para fornecer forragem aos animais famintos; o vento começa a levar o solo seco e o deserto se espalha.

A adversidade, no entanto, está apenas começando. Eventualmente, as pessoas também precisam mudar-se, do contrário, poderão morrer de fome. Muitas ficam nos campos; outras vão para a cidade ou mesmo para outros países; algumas não conseguem chegar a lugar nenhum. Mesmo na cidade não há fim para o sofrimento: há falta de emprego, pouca comida, moradias miseráveis, excesso de população, condições anti-higiênicas e doenças. Esse é o resultado da expansão dos desertos para o homem.

Por que os desertos se expandem

Este capítulo analisa mais detalhadamente algumas das causas da desertificação e como elas se combinam para transformar uma situação já bastante difícil em outra impossível.

Mulheres triturando painço, no Mali, oeste africano.
Mulheres triturando painço, no Mali, oeste africano. O painço, uma cultura tradicional, está adaptado para crescer em condições de semi-aridez.

Safras excessivas esgotam o solo

Embora as terras áridas e semiáridas sejam férteis, elas têm somente uma fina camada de húmus. Isso significa que não possuem grande quantidade de matéria orgânica (restos de plantas e resíduos animais). No passado, após quatro ou cinco anos de safras seguidas, a terra era deixada em pousio ou usada como pastagem para o gado por alguns anos. Durante esse tempo, o solo estaria protegido por uma cobertura vegetal, nutrientes vitais poderiam formar-se e a camada de húmus aumentaria.

Esse não era o único meio que os fazendeiros usavam para proteger a si mesmos e a suas terras. Diferentes plantações eram cultivadas para reduzir os riscos de um fracasso total nas colheitas; eram usadas espécies resistentes à seca, como o sorgo e o painço; esterco do gado criado por pastores nômades ajudava a recuperar o solo esgotado; cereais poderiam ser trocados, numa espécie de comércio, por carne. Além disso, havia também pequenas quantias de dinheiro que passavam de mão em mão continuamente.

Um mercado no Marrocos. Freqüentemente circula pouco dinheiro, pois os animais são trocados por grãos ou vegetais.
Um mercado no Marrocos. Freqüentemente circula pouco dinheiro, pois os animais são trocados por grãos ou vegetais. É importante compreender que estes animais são, muitas vezes, a única forma de riqueza que os pastores produzem.
Métodos como esses foram desenvolvidos por milhares de anos para fazer o melhor uso dos animais e plantas disponíveis, que desenvolveram meios de sobrevivência.

O fator humano

Nos últimos anos, as populações humanas cresceram muito em diversos países do mundo. Mais pessoas precisam de alimento, e isso significa que mais terras serão cultivadas ou aquelas já existentes serão cultivadas com maior intensidade. Como resultado, não serão aplicados os métodos tradicionais de agricultura; extensões de terras poderão diminuir ou mesmo desaparecer; áreas mais secas, adequadas a pastagens, serão usadas para o cultivo. Com isso, a fertilidade do solo cai e, portanto, ao invés de mais alimento, produz-se menos.

Culturas para exportação

Muitas culturas para exportação têm de ser mantidas usando-se fertilizantes e pesticidas.
Muitas culturas para exportação têm de ser mantidas usando-se fertilizantes e pesticidas.
Até que ponto o agricultor está protegido contra os pesticidas?

Quando você toma chá ou café, come chocolate, banana, amendoim ou veste uma camiseta de algodão, talvez esteja contribuindo, indiretamente, para a expansão dos desertos.

Como? Todos os países precisam exportar para pagar as mercadorias que compram de outras nações. Alguns plantam produtos agrícolas que interessam aos outros países, mas que não são utilizados por eles mesmos. São as chamadas culturas para extração. Muitas vezes, um país pode exportar alimentos, enquanto seu povo passa fome. Por exemplo, durante a escassez no Sahel, nos anos 70, as exportações de itens alimentares cresceram, enquanto a população do país morria de fome. Uma situação similar ocorre no México, onde 80% das crianças da área rural estão subnutridas, enquanto o gado ingere mais grãos que a população inteira. Ironicamente, os animais são criados basicamente para exportação e terminam em hambúrgueres nos países ricos, como os Estados Unidos.

A erosão no Quênia é o resultado do excesso de pastagem.
A erosão no Quênia é o resultado do excesso de pastagem.
Agora a terra está estéril e as chuvas lavam-na rapidamente, formando profundos sulcos.

Nas melhores terras, muitas vezes, fazem-se culturas para exportação. Isso pode obrigar pequenos agricultores a trabalhar para os grandes proprietários ou a mudar-se para terras mais pobres. Além disso, as culturas para exportação geralmente não estão adaptadas ao clima e ao solo do lugar, sendo necessário o uso de fertilizantes e pesticidas. Quando os produtos químicos são usados em excesso, o solo sofre as conseqüências. Enquanto isso ocorre, as terras mais pobres, tendo de alimentar cada vez mais pessoas, transformam-se com maior rapidez em desertos.

É fácil verificar que sistemas como esses são injustos, mas também bastante complexos. Freqüentemente, os países envolvidos têm dívidas com as nações ricas da Europa e da América do Norte e necessitam desesperadamente de moedas fortes, como o dólar, para pagar suas contas. É importante entender que a expansão dos desertos não é somente uma questão de superpopulação ou de problemas climáticos; é também uma questão política.

Fonte: www.meusestudos.com