Precipitação sólida de grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou irregular, raramente cônica, de diâmetro igualou superior a 5mm.
O granizo é formado nas nuvens do tipo “cumulonimbus”, as quais se desenvolvem verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600m. Em seu interior ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes. As gotas de chuva provenientes do vapor condensado no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais, congelam-se ao atingirem as regiões mais elevadas.
O granizo, também conhecido por “saraivada”, é a precipitação de pedras de gelo, normalmente de forma esferóide, com diâmetro igual ou superior a 5mm, transparentes ou translúcidas, que se formam no interior de nuvens do tipo cumulonimbus.
Podem subdividir-se em dois tipos principais:
- Gotas de chuvas congeladas ou flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados
- Grânulos de neve envolvidos por uma camada delgada de gelo
Danos
O granizo causa grandes prejuízos à agricultura. No Brasil, as culturas de frutas de clima temperado, como maçã, pêra, pêssego, kiwi, e a fumicultura são as mais vulneráveis ao granizo.
Dentre os danos materiais provocados pela saraivada, os mais importantes correspondem à destruição de telhados, especialmente quando construídos com telhas de amianto ou de barro e aos fruticultores.
Poderão ainda ocorrer: congestionamentos no trânsito devido ao acúmulo de gelo nas ruas, queda de árvores, destelhamentos, perda de lavoura, alagamentos, danos às redes elétricas, amassamento de latarias de veículos e quebra de vidros de veículos.
Perguntas freqüentes
1- O que fazer quando ocorrer uma chuva de granizo?
Abrigar-se da chuva torrencial que poderá acompanhar ao granizo e causar inundações
Não abrigar-se debaixo de árvores, pois há riscos de quedas
Não abrigar-se em frágeis coberturas metálicas
Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, pois estas estarão sob influência de ventos fortes.
Evite engarrafamentos em ruas e avenidas que foram afetadas pela chuva de granizo;
2- Existe risco de desabamentos de telhados?
Tenha cuidado com construções mal acabadas ou construídas, procure abrigar-se em locais seguros resistentes a fortes ventos, onde não há riscos de destelhamentos
3- O que devo fazer ao verificar os riscos de desabamentos de construções e telhados?
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de riscos. Avise, também, imediatamente ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil.
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas.
Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de evacuação.
4- O que é um plano de evacuação?
Se você está morando numa área de risco, tenha com sua vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que permite salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora ainda não tem esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa Civil.
5- Sou fruticultor, existe alguma forma de minimizar os prejuízos?
As cooperativas de fruticultores podem realizar parcerias com as instituições de meteorologia e adquirir foguetes para bombardearem as nuvens de granizo com substâncias higroscópicas (iodeto de prata), objetivando provocar a precipitação da chuva e evitar a formação de granizo.
Fonte: www.defesacivil.gov.br
Granizo
Os granizos são partículas ou gotículas de água formadas nas nuvens que se resfriam ao serem lançadas à maiores altitudes e se congelam devido às razões térmicas inferiores à 0ºC, quando estas mesmas gotículas sobem para cima da linha Isotérmica que é de 0ºC, onde a temperatura acima dela será menor e abaixo dela será maior.
São formadas principalmente nas nuvens denominadas Cumulonimbus. Sempre que uma nuvem como esta estiver carregada de umidade e receber a ação de uma massa de ar quente vindo em ascendente, teremos o lançamento de parte do volume gerado nas gotículas de água para as camadas superiores da atmosfera, que retornam pela gravitação e acumulam maior quantidade de elemento líquido acrescendo seu volume. Quando este volume é mais expressivo do que os ventos convectivos que ascendem no interior das nuvens, ele acaba descendo, podendo ou não se fragmentar com a resistência atmosférica na sua descida de encontro ao solo.
Estas nuvens apesar de carregadas em volume, são lançadas para cima pela massa de ar quente e avolumam em forma de um cogumelo de quilômetros de diâmetro e altitude ainda maior atingindo a troposfera (chegam a atingir altitudes iguais ou superiores à 15 km no seu volume total). A maior parte da concentração de vapor na atmosfera se apresenta até 2 km de altitude, sendo muito reduzido para altitudes acima de 5 km
Ao vir em uma descendente, as partículas formadas pelo resfriamento no interior das nuvens (têm estas condições propícias porque estão à altitudes elevadas), estas pequenas partículas de gelo podem acrescentar volume também porque descem e atraem para si parte do ar úmido.
O processo de desenvolvimento do granizo segue a seguinte ordem:
1- as gotas de chuva são arremessadas pelo vento até as camadas superiores da nuvem (13 ou 15 km de altitude), lá, elas se refriam a 0ºC ou menos, e se tornam pedras de gelo;
2- elas ficam pesadas, caem e acabam agregando ainda mais água em torno delas;
3- pegam outra corrente de ar ascendente e sobem, congelando as gotas que acabaram de se juntar formando os cristais de gelo, permanem neste estado até que seu volume seja expressivo e perceba a força atrativa da gravitação e venham finalmente à despencar.
No momento da queda, a base da nuvem pode estar à 600 ou 700 metros, mas as pedras de gelo podem estar caindo diretamente do topo, à 10, 13 ou 15 Km de altura.
Dependendo da atividade e das condições em que vier a ser formada, as pedras de gelo são tão pequenas que não atingem o solo na forma degelada, mas sim como gotas líquidas muito geladas.
Pela presença e desenvolvimento propício no interior destas nuvens é muito perigoso a incursão de uma aeronave em seu núcleo, porque pode enfrentar um grande volume de partículas de gelo em formação e que podem comprometer qualquer aeronave, pois a velocidade de vôo será a velocidade do impacto de cada uma das pedras de gelo desenvolvidas.
É muito comum percebermos algumas das pedras de gelo na forma esbranquiçada e não na forma vítrea, isso se deve ao fato de que ao virem em uma descendência, podem ocorrer a fusão de elementos gasosos na superfície das partículas e com isso, temos sua ascendência formando não uma pedra de gelo, mas um floco de neve. Ela pode vir a ser envolvida por outras moléculas de água que se aglutinam em torno da composição e acabam formando uma constituição mais sólida que obterá maior volume e cairá na forma de uma pedra de gelo.
Abaixo da linha Isotérmica de 0ºC, temos a constituição de partículas de água e vapor na forma de gotículas. As nuvens que se encontrarem acima da linha Isotérmica de 0ºC, estarão mais resfriadas e com a apresentação de vapor resfriado na forma de cristais de gelo.
Fonte: ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário